Exercícios parasimaticos que ajudam no bem-estar
- Maurício Ribeiro Rodrigues
- 4 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Introdução:
O sistema nervoso autônomo é dividido em duas principais sub-regiões: o sistema simpático e o sistema parassimpático. Enquanto o simpático prepara o corpo para a resposta de “luta ou fuga” diante de ameaças, o parassimpático é responsável por regular o estado de “descanso e digestão”. A ativação do sistema parassimpático, portanto, é essencial para reduzir os efeitos negativos do estresse crônico, o qual é um conhecido fator de risco para condições neurológicas, como a ansiedade e a depressão.
Métodos para Estimulação do Sistema Parassimpático:
Várias técnicas têm sido desenvolvidas para ativar o sistema parassimpático e mitigar os efeitos do estresse. Entre as mais estudadas estão:

1. Respiração Profunda e Diafragmática:
Esta técnica é eficaz para acalmar o sistema nervoso. A respiração profunda aumenta a variabilidade da frequência cardíaca, que é um indicador direto da atividade parassimpática. Estudos mostram que a prática regular pode melhorar a função cognitiva e a memória, além de reduzir o risco de doenças neurodegenerativas.
2. Meditação e Atenção Plena (Mindfulness):
A prática regular de mindfulness pode aumentar a resiliência do cérebro ao estresse. Ela ativa o córtex pré-frontal, que está associado ao processamento cognitivo e à regulação emocional. Pesquisas sugerem que mindfulness pode promover a neuroplasticidade, aprimorando a capacidade de adaptação do cérebro e promovendo a saúde mental.
3. Estimulação do Nervo Vago:
O nervo vago é um dos principais condutores do sistema parassimpático. A estimulação do nervo vago, através de técnicas como cantar, gargalhar ou massagem no pescoço, pode acalmar o corpo e a mente. Essa estimulação melhora a comunicação entre o cérebro e o corpo, reduzindo a inflamação sistêmica e favorecendo a clareza mental.
Benefícios para a Saúde Cerebral:
A ativação do sistema parassimpático tem sido correlacionada com melhorias significativas na saúde cerebral. Entre os principais benefícios estão:
Redução do Estresse e da Ansiedade: O controle do parassimpático reduz a produção de cortisol, um hormônio relacionado ao estresse, o que protege o cérebro contra o encolhimento do hipocampo, uma área vital para a memória.
Melhora da Função Cognitiva: Técnicas parassimpáticas aumentam a oxigenação cerebral e promovem a neurogênese, a criação de novas células cerebrais, que é essencial para a aprendizagem e a memória.

Prevenção de Doenças Neurodegenerativas: A estimulação parassimpática regula o processo inflamatório e a oxidação, processos que estão relacionados a doenças como Alzheimer e Parkinson.
Conclusão:
A prática regular de técnicas de controle do sistema parassimpático oferece uma intervenção não invasiva e eficaz para promover a saúde cerebral. Estudos futuros podem explorar a combinação dessas técnicas com terapias medicamentosas para criar estratégias mais abrangentes na prevenção e no tratamento de doenças neurodegenerativas.
Referências:
1. Forbes. "10 tendências de bem-estar para testar em 2024." Forbes Brasil, 2024.
2. PUCRS. "5 assuntos sobre saúde e bem-estar para ficar atento em 2024." Portal PUCRS, 2024.
3. Estado de Minas. "Quatro dicas da neurociência para ter o cérebro mais produtivo em 2024." Jornal Estado de Minas, 2023.
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